Praia do Samouco. Vieira de Leiria. 2010
Enquanto o ultimo gole de café espera na paciente chávena almoçadeira, miro de soslaio o relógio preguiçoso... É meio dia menos um quarto. A metade desse dia que passou sem lhe pôr os olhos em cima, muito por culpa do escuro e acolhedor quarto. Cheira a café solúvel... Não quero perder esse quarto que espera por mim. Acabo com o café de um trago e a chávena ainda protesta sonoramente na mesa. Nem quero saber... a cadeira arrasta-se dificultosamente para sair do meu caminho.
Visto apressadamente a camisa. É meio dia menos um quarto...
Não quero chegar tarde, ao fim-de-semana o tempo tende a fugir-me de controlo.
Como aquela onda do mar, que não sabia que apagaria o teu nome, e foi vindo e indo... ameaçando... chagando cada vez mais perto, que num repente volta, e apaga tudo numa torrente incontrolável. É meio dia menos um quarto...
É meio dia menos um quarto e eu estou farto!
O tempo é como a fina areia seca da praia, escorre-me entre os dedos quando o tento agarrar... e como tento, óh tempo!
O tempo é como a fina areia seca da praia, só se deixa agarrar se a água do mar se lhe juntar ...
É meio dia menos um quarto... e o coelho branco passa por mim.
Aperto os sapatos que ainda têm fome, ou abrem a boca apenas ensonados.
O tempo está ensinado para me confundir, como pedras redondas na areia se movem lentamente em direcção ao mar, que está destinado a apagar
esse quarto que não espera por ti!
A porta está trancada e não encontro a chave,
tento sair pela janela mas a luz forte fere-me a vista...
Acordo... e o sol ainda está a dormir.
Afinal é ainda meia noite menos um quarto...
Visto apressadamente a camisa. É meio dia menos um quarto...
Não quero chegar tarde, ao fim-de-semana o tempo tende a fugir-me de controlo.
Como aquela onda do mar, que não sabia que apagaria o teu nome, e foi vindo e indo... ameaçando... chagando cada vez mais perto, que num repente volta, e apaga tudo numa torrente incontrolável. É meio dia menos um quarto...
É meio dia menos um quarto e eu estou farto!
O tempo é como a fina areia seca da praia, escorre-me entre os dedos quando o tento agarrar... e como tento, óh tempo!
O tempo é como a fina areia seca da praia, só se deixa agarrar se a água do mar se lhe juntar ...
É meio dia menos um quarto... e o coelho branco passa por mim.
Aperto os sapatos que ainda têm fome, ou abrem a boca apenas ensonados.
O tempo está ensinado para me confundir, como pedras redondas na areia se movem lentamente em direcção ao mar, que está destinado a apagar
esse quarto que não espera por ti!
A porta está trancada e não encontro a chave,
tento sair pela janela mas a luz forte fere-me a vista...
Acordo... e o sol ainda está a dormir.
Afinal é ainda meia noite menos um quarto...
1 Response to "Meio dia menos 1/4"
Gostei de tuditudi: da música, da foto, do texto, de tuditudi :)
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